Reprodução não autorizada » Cinema Em Cena | X-men: Primeira Classe

Não entendi muito bem o porquê, mas, aceitando o desafio, reproduzo na íntegra um texto do crítico de cinema Pablo Villaça (que já encaminhou esta página ao departamento jurídico do Cinema em Cena):

X-Men: Primeira Classe

Dirigido por Matthew Vaughn. Com: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Rose Byrne, January Jones, Jennifer Lawrence, Jason Flemyng, Zoë Kravitz, Nicholas Hoult, Lucas Till, Glenn Morshower, Caleb Landry Jones, Edi Gathegi, Álex González, Oliver Platt, Matt Craven, James Remar, Rade Serbedzija, Ray Wise e Michael Ironside.

Um dos grandes problemas das pré-continuações (ou prequels) é o fato de que já sabemos como a história irá terminar: como conhecemos os personagens em suas versões mais maduras e também suas relações uns com os outros, testemunhar como chegaram aos pontos nos quais os encontramos originalmente costuma representar uma experiência que na melhor das hipóteses soa previsível e, na pior, irritante ao criar conflitos graves com o que já sabíamos sobre aquelas figuras – e ambas as coisas aconteceram em maior ou menor grau, por exemplo, em Wolverine. Assim, é no mínimo admirável que X-Men: Primeira Classe consiga o efeito oposto: além de envolvente do início ao fim, esta nova adição ao universo dos mutantes (que já conta com três ótimos filmes) preenche as lacunas deixadas pelos anteriores de forma intrigante, despertando no espectador a vontade de revê-los a fim de reavaliar o que lá acontecia sob a luz dos incidentes aqui ocorridos.

Escrito pelas duplas formadas por Ashley Miller e Zack Stentz (O Agente Teen, Thor) e Jane Goldman e o cineasta Matthew Vaughn (Stardust, Kick-Ass), o roteiro tem início na década de 40 ao trazer o jovem Erik Lehnsherr (leia-se: Magneto) ainda no campo de concentração. Atraindo o interesse do inescrupuloso Sebastian Shaw (Bacon) em função de seus poderes, ele é convertido num homem amargurado que dedica sua vida no pós-guerra à idéia de encontrar seu antigo algoz e matá-lo, eventualmente tornando-se próximo de outro jovem mutante, Charles Xavier (McAvoy). Recrutados pela agente da CIA Moira MacTaggert (Byrne), os dois homens passam a buscar outros mutantes que possam ajudá-los a perseguir Shaw, que parece determinado a incendiar as relações entre Estados Unidos e União Soviética por motivos obscuros.

Usando a crise dos mísseis cubanos como pano de fundo para a ação, X-Men: Primeira Classe é hábil ao empregar incidentes históricos como forma de ancorar seus personagens fantásticos no mundo real, recuperando as instigantes discussões promovidas pela trilogia original, que sempre se mostrou interessada em usar a discriminação contra os mutantes como metáfora óbvia dos preconceitos sofridos por tantas outras minorias – e ouvir os discursos sobre (auto-)aceitação proferidos por Magneto (Fassbender), por exemplo, é algo que torna o personagem querido justamente por nos levar a compreender sua condição de excluído. Além disso, é fácil comover-se com a alegria de Xavier ao constatar a existência de mais mutantes do que imaginara, já que percebemos como aquilo se ajusta à sua necessidade de… simplesmente pertencer.

Vivido por James McAvoy como um jovem inteligente e precoce, o Xavier desta Primeira Classe é um indivíduo que, ao mesmo tempo em que já exibe sua futura natureza agregadora e de professor, ainda conta com uma vivacidade apenas possível por sua inexperiência. Divertido e – surpresa! – galanteador, o futuro líder dos X-Men desperta nossa admiração não só graças ao seu carisma, mas também ao seu pensamento rápido (ao constatar a existência de uma outra telepata ao lado do vilão, por exemplo, ele logo avisa aos companheiros que não poderá ajudá-los com seus poderes naquele momento, assumindo um papel fisicamente ativo na missão para não tornar-se inútil). Além disso, McAvoy acerta ao conferir imensa doçura ao personagem – e sua grande alma torna-se evidente quando, depois de ler a mente de um companheiro amargurado, seca uma lágrima e agradece pela memória compartilhada.

Enquanto isso, o excelente Michael Fassbender, que havia passado por uma transformação física notável no ótimo Hunger, aqui assume a difícil tarefa de viver um dos melhores personagens dos longas anteriores, Magneto, saindo-se admiravelmente bem. Impulsivo e tomado pelas trágicas memórias da infância, o sujeito entende, como sobrevivente do Holocausto, como os humanos podem ser cruéis com aqueles que julgam diferentes – e é este cinismo diante da humanidade que molda seu caráter e move suas ações, freqüentemente contrapondo-o ao otimista amigo Xavier (e as conversas/discussões mantidas pelos dois representam os melhores momentos do filme, já que o respeito que mantêm um pelo outro torna sua dinâmica ainda mais complexa). Imprevisível e explosivo, o Magneto de Fassbender assume com tranqüilidade a função narrativa exercida por Wolverine nos primeiros filmes, o que, em retrospectiva, torna sua relação com o personagem de Hugh Jackman naquelas obras ainda mais intrigante. Como se não bastasse, o roteiro ainda explora com inteligência o contraste entre as experiências de Xavier e Magneto, já que, enquanto o primeiro estudava e se divertia, o segundo vivia uma jornada de vingança e fúria – o que naturalmente acaba se refletindo na maneira com que enxergam o mundo ao seu redor.

Eis aí a grande força da série (e que foi sintomaticamente ignorada no fracassado Wolverine): seus personagens – e não é à toa que, mesmo tratando-se de um filme de ação, é necessário dedicar tanto tempo à análise dos indivíduos apresentados pela narrativa. Contando com um universo rico e povoado por criaturas fascinantes, Primeira Classe sempre se torna melhor quando se concentra nos poderes de seus mutantes e na maneira com que estes interagem – desde os momentos mais descontraídos, quando simplesmente demonstram prazer por se descobrirem, até aqueles mais tensos nos quais uns são obrigados a usar seus dons em resposta aos ataques dos outros. E se o elenco da produção é repleto de nomes notáveis (basta olhar a lista no alto deste texto), é impossível não destacar as performances de ao menos três destes – Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult e Kevin Bacon – e o corpo de January Jones. Lawrence, tão eficiente em Inverno da Alma, compõe Mística como uma jovem repleta de vida, mas que ressente a aparência resultante de sua mutação, estabelecendo uma dinâmica fluida com Xavier, que respeita sua insegurança, e Magneto, que insiste para que assuma sua diferença. Hoult, por sua vez, deixa para trás a imagem do menino de Um Grande Garoto e transforma Hank McCoy num rapaz brilhante que, contudo, mostra-se farto daquilo que enxerga como uma deformidade que o torna um pária – e sua trajetória, que remete a O Médico e o Monstro (citado pelo filme, aliás), é uma das mais interessantes do longa. Finalmente, Bacon é responsável por estabelecer Shaw como o melhor vilão de toda a série (nunca encarei Magneto como “vilão”), exibindo uma segurança que leva o espectador a realmente temer pelo destino dos heróis.

Dirigido com firmeza por Matthew Vaughn (que, além dos já citados Kick-Ass e Stardust, comandou o ótimo Nem Tudo é o que Parece), X-Men: Primeira Classe traz seqüências de ação intensas e bem orquestradas, destacando-se também em seus momentos de maior sutileza – e reparem, por exemplo, na maneira com que o cineasta subitamente salta o eixo depois de alguns minutos durante a primeira conversa entre Shaw e o pequeno Erik Lehnsherr para revelar, de maneira impactante, o que se encontra do outro lado da sala do vilão, obrigando o espectador a recontextualizar toda a conversa a fim de compreender a urgência da situação do garoto. Da mesma maneira, Vaughn se diverte na composição de seus quadros, criando planos curiosos como aquele no qual Magneto conversa com o gerente de um banco enquanto seu rosto é refletido em uma barra de ouro ou aquele outro no qual o agente vivido por Oliver Platt é surpreendido ao ser teletransportado pelo capanga Azazel (Flemyng, colaborando com o diretor pela quarta vez) para um ponto inesperado.

Com um design de produção inteligente que consegue fazer um belo trabalho de recriação de época ao mesmo tempo em que evoca o universo dos quadrinhos através da utilização de cores básicas (o submarino de Shaw é um bom exemplo), o filme também utiliza bem a trilha sonora, evitando excessos, mas pontuando de maneira bem-humorada determinadas passagens – como, por exemplo, ao empregar um ritmo que remete apropriadamente aos anos 60 na seqüência que traz Xavier e Magneto buscando novos “recrutas”. E se aqui e ali os efeitos visuais tropeçam (o greenscreen utilizado no plano que revela o general russo em Moscou é pavoroso), na maior parte do tempo funcionam bem ao ilustrar os poderes dos personagens de maneira perfeitamente convincente.

Com isso, X-Men: Primeira Classe representa mais um grande triunfo nas empreitadas envolvendo o universo da Marvel, não apenas honrando os longas anteriores, mas também enriquecendo-os em retrospecto. E se há algo que jamais imaginei ser possível é que a única coisa capaz de tornar aqueles filmes ainda mais eficazes seria, vejam só, uma versão “adolescente” dos personagens.

Talvez seja hora de Hollywood tirar Scarface: Jovem e Rebelde da gaveta.

Observação: entre as várias pontas de rostos estabelecidos, há duas que levarão os fãs à loucura.

31 de Maio de 2011

94 comentários em “Reprodução não autorizada » Cinema Em Cena | X-men: Primeira Classe

    1. Olha, nenhuma notificação. Acho que os advogados do Cinema em Cena são melhores do que o Pablo Villaça achava. Não precisa de post novo, né. O desafio tá aí, foi aceito de forma bem clara. 😉

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  1. Para quem diz que a lei não faz sentido para textos na internet:

    Sou pernambucano e existem quatro sites que publicam diariamente notícias a respeito do futebol do pernambucano.

    Um reporter fez o seu site que entre outras coisas publica integralmente todo texto que sai nesses quatro sites poucos instantes depois que saem no site original.

    Como centraliza mais notícias o site desse reporter tem cada vez mais acessos. Como nesse site estão todas as notícias dos outros quatro e o público os visitava basicamente por causa das notícias o acesso a esses sites está diminuindo consideravelmente, apesar do reporter citar a fonte e linkar para o site original.

    Não há prejuízo para o autor nesse caso?

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    1. Lucas, eu não digo que a lei não faz sentido para a Internet. Digo que o Direito Autoral não faz sentido para a sociedade.

      Uma pergunta: no caso que você relata, caso a diminuição do acesso seja realmente considerável e realmente esteja havendo uma considerável queda nos rendimentos dos jornais, na minha opinião, ainda assim, não deveria haver crime. Ponto 1.

      Ponto 2: não há “prejuízo”, há uma diminuição no lucro esperado, no ganho esperado. O dinheiro que iria existir deixou de ser gerado. Pode-se até imaginar que cada jornal peça parte do que foi ganho pelo site do jornalista que age sozinho, isso faz algum sentido. Mas, do ponto de vista do público, se o site especializado em esportes não oferece mais do que apenas a notícia, o site é mesmo ruim e não merece audiência. O site pode oferecer mais que apenas conteúdo, ele pode oferecer serviços de interação entre usuários, por exemplo. O mercado não é lugar para acomodação e para ganhar dinheiro é preciso se mexer. Quem fica parado fica obsoleto.

      Ponto 3: há uma diferença entre republicar UM texto e republicar TODOS os textos, e eu não estou concorrendo com o Pablo, não mantenho um site que fala sobre cinema.

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      1. Continua não fazendo sentido.

        1. Na sua opinião, não DEVERIA haver crime, mas há, portanto já começou errado.

        2. Sim, há o prejuízo. Os quatro sites especializados tem que arcar com despesas que vão de conta de luz a funcionários. Se há essa “diminuição” de lucros, então deverá haver diminuição de despesa (cortes), que varia de luz a funcionários. Tudo isso porque um cara COPIA seu trabalho. Você diz que não se pode acomodar no mercado, porém é complicado ter que ficar investindo dinheiro para se movimentar no mercado porque um infeliz incapaz de redigir um texto copiou seu trabalho. Imagina se a lei ainda favorecer esse infeliz.

        3. Não há diferença nenhuma em publicar um ou todos os textos. No caso do “jornalista”, ele é apenas um mosaico, um armazém de textos de outras pessoas. Ele (como você) não é concorrente dos jornais (Pablo) ao mesmo tempo que se torna concorrente de qualquer um, pois qualquer texto que te interesse poderá ser copiado, sem levar em consideração o tempo e a inteligencia despendidos pelo autor original.

        Na internet existem N sites que disponibilizam seus conteúdos gratuitamente, seus autores não se importam, e isso é mais do que louvável. Mas existem aqueles que como Pablo ESCOLHERAM receber pelos seus trabalhos. Se isso da lucro ou despesa, é problema da escolha dele. Querer tirar isso é quase como querer tirar o livre arbítrio do sujeito em escolher com o que irá trabalhar.

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        1. 1 – faltou minha pergunta: vc acha que isso deve ser crime, digo, que deve ser punido com cadeia, reclusão, grades e tudo o mais?

          2 – há uma diferença conceitual entre prejuízo (perder dinheiro) e lucro cessante (deixar de ganhar), que você está desprezando, afinal, com ou sem a cópia do texto, esses gastos q vc indica ocorreriam.
          2.1 – ao que me parece, você considera mas não tem informações seguras de que o faturamento com publicidade diminuiu. a hipótese é plausível, provável, mas sem dados concretos, vc vai defender uma realidade e eu outra. hipótese por hipótese, fico com a minha de que com a divulgação pelo “mosaico” os sites originais ganharam mais visitas. você tem prova em contrário?
          2.2. A lei não deve existir apenas para ajudar empresas a viver no mercado. Nem apenas para atrapalhar. No caso, a lei hoje existe para assegurar um monopólio. Essa monopólio mais prejudica do que ajuda o próprio mercado, porque inibe jsutamente a concorrência, que é a base de um mercado “saudável”. No caso, insisto, vc me deu uma hipótese, mas não dados de que haja concorrência. Não digo que não existem (desconheço o caso), mas você não os apresentou.

          3 – Você diz que “não há diferença nenhuma em publicar um ou todos os textos”. Errado. No mínimo há a diferença quantitativa. E a quantidade é fundamental para uma economia que tem como base, por exemplo, a quantidade de visitas. Um texto atrai potencialmente menos visitas que dois textos. Fato.

          4 – Na internet existem n fãs que estão divulgando o trabalho do Pablo sem ele nem saber. Fazer caça às bruxas como se fãs fossem concorrentes é tiro no pé. E o problema não é só dele. É um problema que atinge os fãs, que também deve ter a liberdade (ou “livre arbítrio”) de participarem da cultura, tenham eles capacidade de escrever um texto ou não.

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          1. 1. Respondendo sua pergunta, não acho que deva ser crime passível de prisão, mas alguma compensação deviria ter, indenização em dinheiro por exemplo.

            2. você está certo, nenhum de nos tem dados para corroborar a teoria. Eu acho que há prejuizo e você acha que há lucro. Discutir sobre isso sem dados é inutil e não levará a lugar algum, portanto, acho que podemos dar esse assunto de lucro ou prejuizo como encerrado.
            Sobre a lei favorecer o monopólio, amigo, é um site de críticas pessoais e únicas, é óbvio que não há monopólio nisso. O Cinema em Cena poderia ser acusado disso se fosse o único, ou um dos, a fornecer críticas cinematográficas ou se fossem combinados a outros sites de darem críticas parecidas, o que não é o caso, pois qualquer moleque de 10 anos hoje posta o que gosta ou não em seu blog. Pode ser que você esteja se preocupando com monopólio em outros seguimentos que desconheço, aí tudo bem, mas nesse caso específico, acho que não existe a possibilidade de se monopolizar textos críticos.

            3. O que eu quis dizer e talvez tenha me expressado mal é que não é a quantidade que configura o erro. Um ou todos os textos, não importa, é o mesmo erro.

            4. O problema é como esse fã divulga. Novamente, se isso é um tiro no pé ou não, é um problema da escolha dele. O que eu defendo é a possibilidade dele escolher se vai dar esse tiro ou não.

            Certa vez, vi uma reportagem sobre baloeiros que diziam, sem pudores em frente as cameras, que continuariam a soltar balões pois não reconheciam a lei que proíbe essa prática como válida Dentre esses baloeiros tinham vários militares e altas patentes da aeronáutica. Lembro da indignação que isso me causou na época e, apesar do contesto ser totalmente diferente, você tomou a mesma atitude.

            Novamente para frisar, pouco me importa se Pablo esta tendo prejuizo ou lucro com isso tudo, o que me assusta é querer tirar a oportunidade da pessoa de cobrar o que ela acha que vale por seu trabalho e onde ele será divulgado. E o pior, um mestre em direito descumprindo leis deliberadamente simplesmente por discordar delas. Isso me lembra muito a reportagem do brigadeiro falando que soltar balões não causa problema algum. Anarquia.

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  2. Poxa Paulo, vc deveria ter copiado um texto mais relevante de um crítico mais importante e influente.
    Esse rapaz que está chorando por ter visto seu texto por aqui não merece ser copiado.
    Agora ele deve estar se sentindo importante e apto à sair do ostracismo.
    Vamos fazer uma vaquinha para ajudar o crítico pagar suas contas.
    Posso ajudá-lo com R$1,00. Não é muito mas do jeito que ele demostra estar querendo tanto receber alguma coisa, acho que vai ajudar.

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    1. Pelo que entendi o Paulo queria ser processado e obviamente ele deve publicar o texto de alguém que vá processa-lo, como o Pablo avisou que o faria.

      Isso não tem nada a ver com a importância ou influência do crítico.

      Seus insultos além de vazios (pois não contribuem em nada para a discussão a respeito do fato) são sem sentido.

      O Pablo não me parece estar atrás de caridade e sim de que o Rená pague pelo crime que cometeu e que ele seja compensado por isso.

      Mais uma vez, você faz declarações sem sentido.

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  3. Só queria saber do Paulo Rená por que o crime dele é justificavel.

    Por que dentre os caminhos existentes para lutar contra uma lei ele acha que nesse caso o mais indicado é cometer um crime ou “desobediência civil” que seja.

    Acho que já expressei porque acho errado. Só queria que o Rená explicasse porque acha certo.

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      1. Paulo, li o link que você me passou aqui nos comentários da Intenção de Pesquisa.

        Confesso não ter muita base para comentar o texto pois você cita vários autores que não li.

        Mas, pelo que pude entender sua idéia me pareceu bastante interessante.

        Em nenhum momento eu me posicionei contra ou a favor da lei do Direito Autoral ou de alguma restrição da mesma.

        Confesso que é um debate muito amplo e que eu precisaria de muita pesquisa para opinar.

        Acho bastante útil para sociedade que que questionamos/lutemos contra as leis que não achamos convenientes para ela.

        Meu ponto está sendo discutir de que modo esse questionamento/luta deve ser feito.

        Vejo que possui um projeto de reformulação da lei em discussão com o seu orientador, é uma medida excelente. Creio que a partir desse projeto você pode concretizar efetivamente sua luta contra a lei.

        Só realmente não compreendo o fato de você ter desrespeitado essa lei. Em que isso ajuda? É necessário cometer esse crime?
        Você não acha perigoso o precedente de crimes justificaveis?

        PS: Vi só agora seu link no twitter. Como interessado em Direito pretendo le-lo, apesar de ser um pouco extenso.

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        1. Lucas,

          1 – se você ainda não se posicionou, pergunto: você acha que a Lei 9.610 (Lei de Direito Autoral é justa? Nem precisa de muita pesquisa, basta ler o art. 24.

          2 – sobre o modo de lutar:
          2.1. a partir da leitura do art. 24, você verá que dificilmente as pessoas NÃO VIOLAM as restrições do direito autoral, simplesmente porque elas são muito amplas;
          2.2. o que eu fiz foi apenas uma violação mais explícita, justamente para chamar a atenção para a injusta amplitude da norma;
          2.3. perceba que mesmo a minha violação encontra facilmente pessoas inclinadas a pensar a norma de um jeito que minha ação não seria ilegal, mas, pela norma (injusta) ela é ilegal.

          3 – quem diz que a lei é injusta sou EU, mas minha base para dizer isso é uma leitura da Constituição a partir do que população (mais do que apenas fazer) acha justo.

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  4. ah, só queria deixar registrado que acho esse texto muito ruim. quem acha os outros três filmes do X men excelentes (na verdade, são 4) realmente nunca deve ter ouvido falar dos homens x antes.

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    1. Só queria deixar registrado que acho esse texto muito bom.

      Os outros três filmes dos X-men são excelentes. (Wolverine não é um filme dos X-men) Eu e algumas dezenas de conhecidos meus achamos isso mesmo já tento ouvido falar (e muito) dos “homens x” antes.

      Além disso, a adaptação para o cinema não tem o dever de “agradar” os conhecedores do material original e sim de sobreviver mesmo para quem não conhece o material original.

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  5. Primeiro … ignorar uma lei por achar ela inconstitucional aconteceu recentemente com o juiz que anulou o casamento gay la …. ele teve a licença casada.

    Segundo…. “Não entendi muito bem o porquê” com o link pra um tweet seu que diz apenas “como assim” e ignora toda a historia de tweets é NO MINIMO trollagem

    Seleção de tweets ? da pra fazer seleção de tweets para explicar o rolo todo

    @prenass: vc ficaria feliz com uma mera citação da fonte?
    @pablovillaca: Não. Para reproduzir o texto na íntegra, é preciso PAGAR pelos direitos.
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90504453941231616

    @prenass: Miopia comercial sua. Fico decepcionado.
    @pablovillaca: Hum-hum. Trabalhe de graça você, então. Eu tenho dois filhos pra criar.
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90505357851508736

    […]
    @prenass: Sou CONTRA a lei
    @pablovillaca: O fato de você não concordar com a Lei é uma questão pessoal sua. Não muda a lei.
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90506562484961280

    […]
    @prenass: Não obedeço lei inconstitucional.
    @pablovillaca: Mestre em Direito dizendo que a lei de propriedade intelectual é “inconstitucional”
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90513013165137922

    @pablovillaca: Então repito, @prenass: defenda sua tese.Republique um texto meu sem minha autorização.Vamos ver se você pode mesmo escolher que lei seguir
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90513201854291968

    e finalizando

    @prenass Agradeço por ter dado início à minha campanha pessoal contra o Art. 184 do Código Penal 😉
    @pablovillaca: Agradecerá assinando um cheque.
    http://twitter.com/#!/pablovillaca/status/90524794872799232

    Se mesmo assim vc ainda “não entende bem” ….

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    1. Muito esperto da sua parte Platy,

      Critica a posição do @prenass, mas reproduz textos de ambas as partes no seu comentário.

      Já parou pra pensar em quantas gadgets de microblogs como twitter estão pela internet, de quantos reposts existem na blogosfera? Nunca tentou imaginar o repost como um reforço, um apoio, ao que o autor inicial disse?

      Pra mim a questão aqui é simples: ter acesso à internet não moderniza a cabeça de ninguém. Reproduzir um modelo adotado por mídias tradicionais na internet vai é levar a gente pro buraco.

      Mas se o mundo insiste nessa idéia, vou dar minha contribuição e listar alguns sites que “cometem” republicações:

      http://www.cultura.gov.br/site/2005/07/31/globo-o-desafio-da-convergencia/ (Repost de uma matéria do Softwarelivre.org)

      http://www.cultura.gov.br/site/2005/11/24/deu-no-o-globo-sob-controle/ (Repost de uma matéria do jornal “O Globo” — repare na nota “Reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade do veículo” — funny)

      http://entretenimento.r7.com/musica/noticias/julieta-venegas-lanca-livro-e-dvd-20110711.html (Reprodução de um texto da agência Efe)

      http://noticias.r7.com/internacional/noticias/crise-economica-terremoto-tsunami-e-crise-nuclear-apressam-volta-de-decasseguis-ao-brasil-20110712.html (Reprodução de um texto da BBC Brasil — Funny: BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.)

      Eu podia passar o dia inteiro fazendo isso, mas vou dar uma dica, procura por notícias “copiadas” da Agência Brasil. Mas faz isso com tempo, vai achar coisa de mais.

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      1. Suponho que a autorização já venha escrita nos termos e condições do Twitter (não sei porque não tenho uma conta). Do contrário, Pablo não deixaria seu profile público.

        Um outro cara tentou argumentar que reproduzir videos do YouTube em seu blog também era violação de direitos autorais. De novo, é o usuário quem decide se seus vídeos serão públicos ou privados.

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      2. E há uma diferença básica entre publicar no Cinema em Cena e publicar no Twitter: o Cinema em Cena é do Pablo; o Twitter não. Portanto, imagino que haja uma série de concessões que o Pablo abre mão no Twitter, mas que ele não precisa abrir mão em seu próprio site. Entendeu?

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  6. Continuo achando que se o cara cita a fonte, coloca o link do texto do site original, não é apropriamento indevido, como o Pablo disse.

    Gosto das críticas dele, mas é chato pra carai, credo!

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    1. Acredito que se o dinheiro que você recebesse dependesse da quantidade de visualizações do seu site e outros publicassem o seu texto na integra, você também ficaria “chato para carai”.

      Quem lê o texto na integra não tem motivo para ir ao site original e assim a pessoa tem acesso ao conteúdo sem “pagar” com a visualização do site do autor.

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      1. Agora o problema envolve raciocínio-lógico, matemática e um pouco de estratégia de mercado:
        Lucas Andrade, Se você vive de “cliques” no teu site e eu, que não vivo disso, publico UM texto seu informando a fonte, os meus leitores (os que até então não te conhecem), caso não gostem do material, representaRIAM “cliques/visualizações” a menos no teu site, o que implicaria, no máximo, o ‘não lucro’ seu pelo ‘não clique’ deles no teu site, pois já leram no meu(na hipótese de que eles, que não te conheciam, esbarrariam com o teu site “sem querer” pela internet caso eu não tivesse feito a referencia a você, representando então o “lucro que eu tirei de você”; para aferir prejuízo, é preciso necessariamente contar com a confirmação dessa hipótese). Por outro lado, os meus leitores(também os que não te conhecem), caso gostem do material, representaRÃO“cliques/visualizações” A MAIS no teu site, implicando necessariamente lucro pra você. Ou seja, na pior das hipóteses, o Villaça não perde nada. E por falar nele, de volta ao caso concreto, ele faz pior: vai gastar dinheiro na justiça(pois indenização, numa situação como a configurada, é algo que beira o impossível).

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        1. Segundo o Pablo ele já foi indenizado por situações similares.

          Concordo que a reprodução não autorizada pode gerar mais pageviews, mas discordo que na pior das hipóteses ele não perde nada. Afinal quem lê sua reprodução não autorizada e não vai no site dele poderia ir para ler o texto original.

          Em todo caso, como se trata de uma lei o Pablo está apenas exigindo o que lhe é de direito, mesmo que lhe acarrete prejuízo.

          Olhando sob determinado ângulo você pode até considerar que ele põe as leis e seu cumprimento acima do seu lucro pessoal o que é uma postura louvavel na minha opinião.

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          1. Todos que concordam que “oh ! gostei do texto … vou entrar no site !” ….. vcs concordam que com um “oh ! gostei do texto … vou entrar no site para TERMINAR DE LER” é uma propaganda BEM maior ?

            Se o cara não se interessar pelo texto, duvido que ele ira até o site pra terminar … mas ainda existe a chance da pessoa querer ler até o fim …. e se a pessoa gostar COM CERTEZA ela vai pro site terminar de ler.

            Intão qual o problema de linkar ?
            Em ambos os casos quem quer ler o texto inteiro vai ler o texto inteiro …. nesse caso de copiar o texto inteiro é só uma versão mais birrenta disso =P

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        2. Acho que o que está em questão aqui não é lucro ou despesa, e sim conteúdo pago ou gratuito.

          O produto do Pablo é pago, ponto. Querer mudar isso a força é ridículo, se você não concorda, existem N sites com críticas gratuitas. É como se eu entrasse numa livraria e pegasse qualquer livro que desejasse, alegando valor cultural e que a informação deve ser compartilhada.

          Se houve lucro ou despesa, só uma pesquisa de mercado pode disser, o que houve foi uma utilização indevida de um produto e o dono por direito procurou a lei por isso. Ponto.

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          1. Por que querer mudar isso é ridículo? Por que um texto é um produto?

            No exemplo da livraria, você pode ler o livro nela, não é? Além disso, tem um monte de biblioteca pública — o que não é a mesma coisa, claramente, mas pelo menos legitima a ideia de que o conhecimento deve ser público.

            e se fosse um texto antigo, que ninguém mais lê, soterrrado em algum site X que não receberia mais pageviews de jeito nenhum se não fosse “ressucitado” pelo blogue? na verdade, a maior parte dos textos está nesta condição…

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      2. “Quem lê o texto na integra não tem motivo para ir ao site original…”

        O texto em si não, mas e os outros? Pablo é um crítico reconhecido no Brasil inteiro. Se você tivesse lido uma crítica bacana nao teria curiosidade de saber quem é o autor? De ler outros textos seus?

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        1. SIm, eu teria.

          Mas, deve existir quem não o fizesse.

          Como já disse, pode ser que o Pablo esteja indo contra algo que lhe é rentável, mas luta pelo cumprimento de uma lei e pela punição dos criminosos que a quebram.

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          1. Eu já penso que ele está “indo contra algo que lhe é rentável” por mera prepotênciae, chatice e, vejam só, “ignorância”. O Villaça perde mais com essa atitude afetada do que com os tais supostos “não cliques” no site dele. Eu, sendo o Paulo Rená, faria um texto explicando tudo o que aconteceu, toda essa tempestade infantil em volta disso e divulgaria para todo mundo saber quem é a pessoa do P Villaça por detras da excelência teórica/técnica daquilo que ele escreve. Eu mesmo já vinha reparando um comportamento irritado/irritante por parte dele via twitter e confesso que diminui MUITO minhas idas por lá. Agora, depois desse episódio, é que cismei de vez.

            Menos o meu clique no site dele não faz diferença, ele diria. MAs, diante dos atuais eventos, tenho lá minhas dúvidas.

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    2. “Achando”? Amigo, isso não é uma questão de opinião. Se o Pablo não quer que publiquem o texto dele sem autorização, acabou. Fim de papo. Não tem “jeitinho” pra contornar a lei (ou pelo menos, não deveria ter).

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  7. Cadê o Dr Tulio Vianna* pra aumentar o coro, hein?

    Olha, pelo pouco que li, esses “Cinéfilos profissionais”, enquanto opinadores do Direito, continuam sendo EXCELENTES “cinéfilos profissionais”. Até “roubo da propriedade intelectual” eu li. Cruzes!

    *recomendo a seguinte leitura aos cinéfilos que aqui atacam o Paulo Rená(e que não raro baixam mp3 e filmes na internet sem autorização dos autores):

    http://jus.uol.com.br/revista/texto/8932/a-ideologia-da-propriedade-intelectual

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    1. Não seja por isso Djalma Reis segundo o Pablo Villaça os “opinadores de direito profissionais” chamaram o direito autoral de “AI-5 digital” ao que eu também dedicaria um “Cruzes!”.

      PS: Quando chamo o Paulo Rená de criminoso não o ataco e sim faço uma contestação, na verdade creio que o mesmo admite.

      Mas, para não dizer “sou um criminoso” diz “pratico desobediência civil” o que é um termo muito mais bonitinho de fato.

      PPS: Caso eu baixasse filmes na internet sem autorização e também fosse um criminoso não estaria impedido ainda assim de apontar o crime do Paulo Rená.

      Acho que nessa história de “como eu erro não aponto o erro dos outros” termina em erros cada vez mais numerosos e cada vez maiores.

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      1. O detalhe “oculto”, Lucas Andrade, é que se você baixa mp3 sem autorização você NÃO é criminoso. E ainda que o fosse, não estaria eu aqui a te criticar por isso, tentando “calar sua crítica ao Paulo Rená”, fazendo uso do pífio “teu erro justifica o outro”. Eu NÃO disse isso.
        Apenas tentei chamar a atenção dos “opinadores” para a necessidade de se debruçar com um pouco mais de tempo, zelo e imparcialidade sobre o assunto antes de falar qualquer coisa precipitadamente.
        O P Vilaça, crente de que o mundo todo gira em torno da opinião dele (em algum momento ele começou a ter certeza de que essa postura intransigente é charmosa), chegou a chamar – querendo ou não – uma gama vasta de pensadores, doutrinadores, desembargadores etc. de burros pelo simples fato de que ele, o Vilaça, por desconhecer a discussão jurídica em torno da interferência estatal na então violação dos direitos autorais, não se dá ao trabalho de ao menos tentar entender a antítese daquilo que ele entende como “certo”. Veja, não exijo que mude de opinião, que venha pra o “lado de cá” e pense como eu. Apenas torço o nariz pra essa precoce afetação toda em cima de um evento ridículo ( a divulgação do site dele sem autorização dele). E quando essa afetação revela desconhecimento jurídico, gera ofensas pessoais (“burros”, “ignorantes”) e ações judiciais eu chego mesmo a ficar é com medo.

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        1. Eu me referi a filmes, não a mp3.

          De qualquer modo talvez você saiba algo que eu ignoro, mas até onde eu sei existe um lei que proibe que eu faça o download de determinados filmes e desrespeitar um lei é crime o que faria de mim um criminoso.

          Você diz que não quis “calar minha crítica” e acredito em você.
          Contudo ainda assim, acho que a interpretação que fiz do que você escreveu é válida e tem base no seu texto.

          É muito conveniente para você considerar o argumento pífio, permita-me discordar.

          Do mesmo modo que acho incorreto os insultos gratuitos que o Paulo Rená vem recebendo por conta desse post incluo os seus insultos ao Pablo na mesma categoria.

          Não vi o Pablo chamando ninguém de burro, mas se o fez erro dele.

          Quando o evento não influencia a sua renda é mais fácil de o qualificar como “evento ridículo”.

          No que se refere as ofensas pessoais compartilho do seu medo.

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          1. Lucas Andrade, você se insinua interessado, o que é de muito bom grado. Sugiro a leitura do artigo do Doutor Tulio Vianna chamado “a ideologia da propriedade intelectual”. É sintético, profundo e didático na medida certa. Procure por ele no Youtube também. É só jogar “tulio vianna + pirataria” na busca que você facilmente encontrará os videos.

            link pro artigo: http://jus.uol.com.br/revista/texto/8932/a-ideologia-da-propriedade-intelectual

            link pra primeira parte do video dele(ele é jovem e o programa é tipo um “altas horas”, nada de “juridiquês”):

            Saudações.

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          1. Quem disse isso foi esse cara aqui:
            http://blog.alexmoura.com.br/?p=462

            “Em solidariedade ao amigo Paulo Rená, que foi acionado Judicialmente pelo Pablo Villaça do site Cinema em Cena por, sem autorização, reproduzir o texto abaixo em seu blog citando a fonte! MEGANÃO CONTRA O AI5DIGITAL!”

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  8. O pior é que ao invés de argumentar a razão porque “a lei não convém a sociedade” ou iniciar um protesto, ou entrar com um pedido pelas vias legais… O cara vai e comete um crime, porque ele concordando ou não a lei é válida, esse aí tá todo certo viu?

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    1. acho que você está dizendo isso sem bases também, porque se procurar o nome Paulo Rená no google, vai ver que ele já fez tudo isso o que você disse.

      Não é questão de ele “ser” certo, mas de ele “estar” certo. ele vai continuar estando certo até alguém conseguir dizer por que ele está errado.

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      1. Ao não disse que ele “era” certo ou errado e sim ironicamente que ele “estava” errado? Por que?

        Porque está cometendo um crime. Está desrespeitando o Art.184 do Código Penal (segundo ele mesmo).

        Um criminoso é um pária da sociedade. Cometer um crime é errado. Simples assim.

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        1. Lucas, não existe ninguém que nunca cometeu um crime. Não há essa divisão entre “criminosos” e “homens justos”, simplesmente porque as leis não são, todas elas, justas. Algumas são, outras não. Vc, Lucas, como pessoa, indivíduo que pensa por si memso, acha essa lei justa?

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          1. Acho essa generalização “não existe ninguém que nunca cometeu um cirme” muito perigosa.

            Tenho dúvidas se ela é verdadeira e me parece uma ótima defesa para criminosos de qualquer espécie. Aceitando generalizações como essa o respeito pelas leis vai diminuindo na minha opinião.

            Não divido o mundo entre “criminosos” e “homens justos”.
            Concordo que exitem leis que na minha opinião (e é bom salientar o na minha opinião) são injustas.

            Que faço eu então? Luto pela mudança nessa lei.

            Como? Desrespeitando essa lei, cometendo um crime e amenizando meu crime me chamando de desobediente civil ao invés de criminoso?

            Não acho que essa é a maneira correta de lutar contra uma lei. Estamos num estado democrático. Até onde eu sei existem recursos para se tentar modificar a lei de maneira legal.

            Incluindo protestos, abaixo-assinados, petições, fazer a revindicação chegar a autoridades…

            Mas, que dá muito mais trabalho que apenas cometer um crime, isso dá.

            Como já disse aqui nunca me posicionei a favor ou contra a lei porque ainda não possuo informações suficientes para isso.

            Me posiciono contra seu modo de lutar contra ela.
            Como

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    2. E pior, monta em cima do Pablo para criar seu palanque particular. Agora o Pablo terá que arcar com os custos de um processo para proteger seu texto de um “ciberativista”. Que desperdício.

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      1. O Pablo não precisa arcar com custo nenhum, afinal, ele não precisa nem me processar nem “proteger” o texto dele. Ele que escolheu fazer isso. Na minha opinião, simplesmente não precisa. Ele não está sendo nada prejudicado por essa cópia do texto aqui.

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      1. O debate a respeito das leis é extremamente favorável e tende a fazer com que essas leis “evoluam”.

        Não tiro sua razão ao realizar tal debate. Isso é digno de méritos.
        Ao extrapolar as fronteiras de um debate sadio e legal e cometer um crime não há mérito algum.

        Não vivemos sob uma ditadura. Há meios legais de se lutar pela mudança de uma lei. Não é necessário (ou permitido) se tornar um criminoso nessa luta.

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          1. Acredito que “desafiou” seja o termo correto.

            Na tentativa de processa-lo, ganhar e mostrar que independente das nobres razões que o Rená possa ter ele está cometendo um crime.

            Na minha opinião isso nem implica o Pablo no crime do Rená, nem ameniza as ações do Rená.

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          2. Flabis, seu comentário é estupidamente machista. Repito, estupidamente machista. Não creio que possamos desenvolver uma conversa frutífera se você não consegue ver a enorme dferença entre um crime de violação de direito autoral e um crime sexual de estupro. Se você realmente acha que é tudo crime, não há uma mínima base comum para um diálogo nesse assunto. O óbvio não se explica.

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  9. Não é cópia, já que a fonte é citada. Ninguém está lucrando com a reprodução deste texto, então não é pirataria.

    E se você não tem nenhum argumento para sustentar sua opinião, Caio Viana, podia ter se reservado ao direito de não dizer bobagem e deixar de atacar a dignidade do autor. Apelou, perdeu.

    Não vale também simplesmente denegrir a faculdade de Direito que o autor do post fez, posto que vocês nem sabem qual é e portanto não têm nenhuma base para criticar.

    Se querem discutir direitos autorais, discutam, mas não ocupem um lugar de discussão legítimo com ofensas baratas, banalizando a questão e deslegitimando a disputa.

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    1. Discutindo direitos autorais então…

      A lei que proibe a reprodução integral de um texto sem a permissão do autor existe. Creio que ambos os lados concordam com isso. O Paulo Rená inclusive cita o “Art. 184 do Código Penal” e se diz contra tal artigo.

      Nada contra ele ser contra. Mas, ele demonstra isso cometendo um crime? Que razão há nisso? Existem crimes justificavéis agora?

      Existem meios legais de se questionar ou se posicionar contra uma lei. Além disso, talvez seja uma visão mais pessoal, mais acho que cometer um crime e alardea-lo publicamente prejudica a credibilidade de quem quer que seja.

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      1. Mas, por outro lado, você está considerando que a lei vem antes, está sempre lá e é imutável, que ela não muda de acordo com as práticas das pessoas e da opinião da sociedade.

        De repente, o que ele quer fazer é realmente uma desobediência civil, prática responsável inclusive por feitos como a emancipação das mulheres. Apesar de radical, este não seria um caminho? Você acha que a lei está certa?

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        1. Precisaria de uma análise mais profunda para me posicionar contra ou a favor da lei. Mas, de qualquer modo não é isso que discuto aqui.

          Discuto se o fato de cometer um crime na luta contra uma lei seria uma atitude justificavel.

          Obviamente é necessário uma contextualização. Quando oprimidos por uma ditadura por exemplo que veta a liberdade de expressão, a desocediência civil é o único modo que o povo possui de lutar contra uma lei.

          Contudo, na sociedade atual acredito que a desobediência civil não é um caminho. Existe métodos legais para se discutir uma lei.
          Não acho que o crime do Paulo Rená seja justificado.

          Embora reconheça que alguns crimes em determinados contextos o são.

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        2. Olha Raquel até entendo o que você quer dizer, mas essa contextualização não é o caso. O sujeito reproduziu o texto por pura infantilidade, apenas para “desafiar” o Pablo.
          E a lei está completamente correta em proteger propriedade intelectual. Afinal um “texto” é um bem, embora não seja material. Ou você acha correta a distribuição de filmes na internet? ou a distribuição de software? ou distribuição de livros?
          Como essas industrias irão se sustentar dessa forma? As pessoas querem receber por seu trabalho e a produção textual é o trabalho do Pablo. Além do mais ele tem o direito de decidir o que fazer com os bens dele ou você acha que pode ir pegar o carro dele sem autorização?

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          1. Essa é a real discussão, pelo menos no meu ponto de vista. Será que a propriedade intelectual é o mesmo tipo de propriedade material? Podemos/Devemos impedir que um texto, uma ideia, circule livremente na internet? A quem isso beneficia?

            Você diz que isso prejudica o autor, mas, na verdade, hoje em dia, o autor é o que menos ganha na distribuição dos seus livros. Quem ganha mais é a loja, que fica com 60% do valor de capa. O autor ganha, como os músicos, muito mais com as palestras que dá, com os direitos que vende para o cinema, por exemplo. Acharia errado se o Rená reproduzisse este texto num livro que ele vendesse.

            Ou seja. Quem está sendo beneficiado com este tipo de distribuição de cultura e conhecimento? O autor? O artista? O leitor?

            No caso da internet, mais tenso ainda. Os textos estão circulando livremente todos os dias, isso faz parte da economia que sustenta esses autores. A popularidade deles talvez seja mais lucrativa do que a propriedade intelectual. Quantas pessoas que escrevem gratuitamente em blogues nao são contratadas pra fazer outras coisas?

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          2. 1 – Rafael, sua pergunta “Como essas industrias irão se sustentar dessa forma?” pressupõe que a pirataria prejudica a indústria, e isso não é tão verdade quanto você pensa. Ano passado, o filme mais pirateado foi Avatar, que também foi o filme mais rentável, aliás, o mais rentável de todos os tempos. A indústria vai se sustentar, não precisa ter medo disso.

            2 – um carro é um bem material, um texto não é um bem material, de forma que eu não subtraí o texto do site do Pablo, eu o reproduzi, coisa que não é possível de se fazer com um carro, razão pela qual a sua analogia não serve. Quem furta um carro retira o carro de seu dono; quem reproduz um texto não retira o texto de seu autor. Há uma diferença que não pode ser desprezada.

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      1. Eu assumo: é cópia e, pelo art. 184 do CP, é crime. Minha briga é que, de acordo com a Constituição, não deveria ser crime. E, além disso, a busca por ressarcimento econômico (em vez da assunção de que a divulgação é algo positivo) é um tiro no pé do ponto de vista econômico.

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  10. “Agradeço ao @pablovillaca por ter dado início à minha campanha pessoal contra o Art. 184 do Código Penal ;)”

    Esse cara tá de sacanagem. A Lei só vale quando nos convém?

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      1. Para a sociedade, nesse caso específico, dá na mesma. Os textos continuarão acessíveis na internet, de uma forma ou de outra. Mas isso faz toda a diferença para o Pablo. É a fonte de renda dele que está em jogo.

        Convém a quem mudar isso?

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          1. Prejudica,pois ele perde visitas de usuários. Se você queria divulgar o trabalho dele deveriam ter “linkado” a página dele.

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  11. Quer ganhar fama sem trabalhar, então vai pro BBB amigo, e não atrapalha a vida de quem trabalha e produz algo original. Tenho dó da faculdade pela qual tu se formou em Direito…

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    1. Eu não quero ganhar fama. Eu quero mudar a lei. Tava debatendo de boa com o Pablo, mas ele resolveu lançar o desafio. Eu só aceitei. E você veio aqui ler e comentar porque quis, eu nem pedi, aliás, nem sei quem é você.

      Pela sua lógica, com a qual não concordo, você só comentou aqui para ganhar fama. Aí eu diria Vai fazer um blog cara. Tenho pena do provedor que lhe confere acesso à Internet. Mas não vou dizer. 😉

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  12. O pior é que o responsável tem formação em Direito. Que faculdade é esta em que não se ensina que a prática de pirataria, além de ser crime, é um desrespeito às pessoas que produziram a obra original? Com certeza, não perco mais um minuto vendo o que mais esse site se propõe a fazer. Uma LÁSTIMA!

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        1. Não há nada o que se achar mesmo, reprodução integral sem autorização não é desrespeito, é crime mesmo. Não importa sua opinião sobre a lei. Lamentável a postura do autor do blog, ainda mais mestre em Direito. Se quisesse fazer “propaganda” para o Pablo, reproduziria um ou dois parágrafos e linkaria o resto para o Cinema em Cena. Enfim, o dono do blog me lembra o pombo no tabuleiro de xadrez.

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  13. Que coisa ridícula. Isso só pode ter duas explicações possíveis: falta de criatividade pra criar os seus próprios textos, ou ter um pau pequeno!
    (e não estou me referindo à cópia desse texto específico, mas a sua defesa de que fazer reproduções sem autorização é algo legal).
    E agora que chego ao fim dessa explicação, constato: são as duas coisas juntas!

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    1. Sua visão é um tanto redutora. Você sobrevaloriza o tamanho do pênis como explicação para motivações da vida. Há mais coisas na vida que isso. Fica a dica. Ah, outra coisa, mulheres também existem na sociedade, então sua explicação é machista também, pois torna as mulheres não-pessoas, invisíveis nessa forma de ver o mundo.

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    1. Deixando claro que você reproduziu meu texto SEM AUTORIZAÇÃO, ressalto que o link acaba de ser encaminhado ao departamento jurídico do Cinema em Cena.

      (oops, copiei um comment sem autorização, e agora?)

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    1. Para rolar processo, basta existir. Processar é um direito que independe de um direito “material”. Ser processado é uma possibilidade para qualquer pessoa, não é uma mácula. Nesse caso, pode até ser entendido como motivo de orgulho. Eu entendo assim. É um atestado de que discordo da legislação e pratico desobediência civil, com plena convicção.

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      1. Rená, sei que um monte de gente mais qualificada que eu vai te oferecer isso na hora! Mas to voltando pro Brasil em agosto e seria um prazer enorme participar dum processo desses! Qualquer coisa, conta comigo! Abs.

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          1. Então qq coisa é só gritar! Quando eu voltar te procuro pra gente tomar uma cerveja e discutir essas coisas, que tenho acompanhado de longe e ando bem interessado! Abs.!

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